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Por: Dra. Talita Politano Galiza Vidal, publicado em: 05/07/2018
A corrida apresenta-se com uma das modalidades com grande número de adeptos, tanto pela facilidade em sua prática, como pelos benefícios para a saúde, socialização e o baixo custo, mas os indivíduos que a praticam, seja com objetivo competitivo ou recreativo, estão expostos aos eventuais riscos associados.
Quando consideramos os aspectos biomecânicos da corrida, devemos destacar a força de reação ao solo (impacto). Quanto maiores forem os componentes de força envolvidos, mais intenso será o trabalho muscular necessário para controlar membros e estabilizar a postura corporal durante a fase de apoio. Ou seja, caso os ossos, articulações, músculos e tendões não consigam absorver o impacto do calcanhar ao chão, ocorrerão adaptações do sistema locomotor na tentativa de transferir parte da energia elástica acumulada a outras estruturas, como o músculo quadríceps, auxiliando o corpo a realizar a propulsão.
Se essas adaptações não ocorrem efetivamente, as lesões de membros inferiores são mais propensas a ocorrer. As lesões mais comuns incluem as tendinopatias, lesões musculares, fascite plantar, Síndrome da Tensão Tibial Medial (Canelite), lombalgia, fratura por estresse, lesão de meniscos ou cartilagem.
Dentre as causas de lesões na corrida podemos destacar a falta de preparo físico e muscular, conduta de treino inadequada, descuidos com sinais do corpo e com lesões passadas não tratadas e o uso de calçados inadequados. Os calçados possuem influência direta nos componentes de forças que atuam no aparelho locomotor. A incidência de lesões no corredor é proporcional a magnitude do primeiro pico de força vertical após contato do pé com solo, podendo o uso de calçado adequado diminuir a expressão dessa força.
Para seleção do calçado ideal para a prática de corrida, é importante considerar o tipo de pisada do corredor (neutra, supinada ou pronada) e tipo de pé (normal, cavo ou plano).
Na pisada neutra o impulso começa com a parte externa do calcanhar e o pé rotaciona ligeiramente para dentro, depois há uma distribuição das cargas ao decorrer do arco plantar e na cabeça dos metatarsos, encerrando assim o ciclo da pisada.
Alterações na biomecânica tanto da fáscia plantar como da musculatura que a sustenta podem gerar alterações no arco plantar. Quando a fáscia está alongada e/ou a musculatura enfraquecida, o arco longitudinal medial estará rebaixado, chamado de pé plano e, quando associado à pronação excessiva da articulação subtalar, o retropé se tornará valgo, e a pisada terá uma tendência pronadora (pisada para dentro).
Já quando a fáscia e/ou a musculatura está tensa e/ou encurtada, haverá aumento do arco plantar e maior tendência a instabilidades, chamado pé cavo e, em associação à supinação da articulação subtalar, o retropé se tornará varo e ocorrerá possibilidade de um pisada supinada (pisada para fora).
Em ambas situações, supinador e pronador, serão necessárias correções de pisada para a prática de corrida. Estas poderão ocorrer com tênis específicos para a respectiva alteração, ou ainda com utilização de palmilhas posturais ou ortopédicas confeccionadas sob medida.
Para avaliação de tipo de pé e pisada faz-se necessária uma avaliação minuciosa realizada por um fisioterapeuta através de análise postural, podoscopia/plantigrafia e baropodometria dinâmica.
Postado por: Dra. Talita Politano Galiza Vidal, publicado em: 05/07/2018
CREFITO/3 79100-F
Especialidades:
Fisioterapia